segunda-feira, 31 de maio de 2010

O OUTRO LADO

A noite havia chegado e trazia consigo uma forte chuva, momento perfeito para descansar o corpo e a mente. Deitada sobre a cama, estava, enfim, sozinha em meu refúgio. Dormia um sono tranqüilo enquanto uma delicada melodia soava ao longe fazendo com que minha alma flutuasse. Gradativamente, a música tornara-se mais alta, como se a melodia estivesse se aproximando dos meus ouvidos, ecoando em meu singelo “esconderijo”. Tento abrir os olhos, com um desespero sem medidas. A presença de alguém em meu quarto abalou meu sono.
Olho para o alto, o quarto está escuro, a única luz existente é o reflexo da noite entrando de maneira turva pelos vidros da janela. A doce melodia continua soando e congelando as minhas entranhas. Falta-me coragem para direcionar o olhar e ver quem está ao meu lado.
Aos poucos e tomada por um medo que jamais senti, fui erguendo meu corpo e sentando-me. Aquela doce melodia que antes embalava os meus sonhos, agora, se tornou trilha sonora de um terror que tomou conta da minha alma.
Enfim, olho para o lado e vejo apenas um vulto sentado próximo a cabeceira da minha cama com um violino em mãos o qual continuava a tocar suavemente. Forço um pouco a visão de maneira a tentar enxergar quem estaria ali, ao meu lado velando meu sono. Mas a minha tentativa foi um fracasso, tive a impressão de que ele tem o poder de controlar aquelas sombras e que este ainda não era o momento de vê-lo. Continuo sentada, olhando para aquele cujo rosto se perde em meio a escuridão. A minha curiosidade se esvai em meio aos meus pensamentos envolvidos pela melodia tristonha daquele violino choroso. Fecho os olhos e me deixo embalar pelo som tão cheio de sentimentos, tão triste, tão suave.
A freqüência da música está diminuindo, dando sinal de que acabará em breve. Novamente sou tomada pelo medo, na verdade, não sei ao certo o que está acontecendo. Sinto apenas uma forte sensação de angústia, prazer, sedução, medo, paixão... paz!
A música termina! Tenho a impressão de que aquele misterioso homem não conseguiu transmitir tudo o que está sentindo através do seu instrumento celestial.
Lentamente - como se não quisesse me assutar ainda mais – ele coloca o violino de lado e, com a mesma suavidade com que tocara, levanta e senta-se ao meu lado.
Sem dizer uma só palavra toca os meus cabelos e com uma surpreendente leveza e sensualidade, faz-me deitar novamente beijando-me a testa, em seguida a face...

7 comentários:

  1. Gostei bastante da ideia geral e do conceito, mas tem erros bobos de semântica e estilística que empobrecem um pouco a leitura, na minha opinião.

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  2. Origada pela dica! É a primeira vez que escrevo algo do tipo,irei ler novamente e fazer alguns ajustes!

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  3. Eu adorei. Soa bastante misterioso e sensual. Ja estou aguardando a proxima postagem!

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  4. OI Lari amei seu escrito... Muito soturno e misterioso, com toque bastante sensaul.
    Parabéns!

    Beijos Soturnos

    Liartemis

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  5. Oi Li.
    Que bom que gostou! Obrigada pelo elogio!
    Acabei de postar a segunda parte!
    Divirta-se!
    XD

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  6. Já lí a segunda parte tbm...
    Que loucura hein?
    estou curiosa pra ver como termina.

    Beijos Soturnos

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  7. Ah minha querida, que bom!
    Amanha irei postar a penúltima parte, espero que leia e, principalmente, que goste!
    Bjinhos

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